Recentemente, o Brasil foi palco de uma decisão judicial que abalou o cenário das redes sociais: o Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão do X, anteriormente conhecido como Twitter, em todo o território nacional. A decisão foi motivada pelo descumprimento das leis brasileiras, incluindo a falta de nomeação de um representante legal no país por parte da empresa de Elon Musk. Com isso, a plataforma foi retirada das lojas de aplicativos e seu acesso foi bloqueado por provedores de internet.
Essa situação nos leva a refletir sobre a volatilidade das redes sociais no contexto do marketing digital. Como profissionais da área, é vital entender que as plataformas são, em essência, “casas alugadas” – locais onde construímos nossas estratégias, mas que não nos pertencem. A qualquer momento, por forças alheias ao nosso controle, podemos ser “despejados”, seja por mudanças nas políticas das empresas proprietárias, seja por decisões judiciais, como vimos no caso do X.
O grande diferencial no marketing não reside exclusivamente no domínio das ferramentas digitais, mas nos fundamentos que sustentam a disciplina. O marketing é, antes de tudo, sobre pessoas – suas necessidades, desejos e comportamentos. Estratégias bem-sucedidas são aquelas que transcendem o ambiente digital, utilizando os princípios do marketing tradicional: entender o público, posicionar a marca e criar valor de forma consistente, independentemente da plataforma.
A decisão de banir o X nos relembra da importância de diversificar nossas estratégias e não depender exclusivamente de uma única plataforma. Profissionais e empresários precisam estar atentos às mudanças no cenário digital, mas sem jamais perder de vista que o sucesso de uma campanha vai muito além de estar em todas as redes sociais. Trata-se de construir uma base sólida que possa resistir às tempestades que, inevitavelmente, surgem no ambiente online.
Em resumo, o banimento do X é um alerta: não podemos nos acomodar em “casas alugadas”. Precisamos investir em estratégias que possam se adaptar e sobreviver, mesmo quando o terreno em que pisamos se torna instável.